Pesquisadores da Universidade Federal do Vale do São Francisco (UNIVASF), em parceria com a Universidade Federal do Piauí (UFPI), realizaram uma prospecção geofísica no Cemitério do Monumento aos Heróis do Jenipapo, em Campo Maior, nesta quinta-feira (22). O objetivo da pesquisa de campo é investigar com mais propriedade a Batalha do Jenipapo, ocorrida no dia 13 de março de 1823.

De acordo com a pesquisadora em Arqueologia da Universidade Federal do Piauí (UFPI), professora Amparo Alves, o objetivo da pesquisa é obter informações mais precisas sobre o contexto da Batalha do Jenipapo: “Através de uma série de procedimentos, nós vamos explorar o subsolo referente ao Cemitério do Batalhão para investigar com mais precisão como ocorreu o confronto dos piauienses com os portugueses no dia da batalha”, disse.

Ainda de acordo com a pesquisadora, a prospecção geofísica envolve tecnologias e ferramentas que não requerem escavações no solo: “Todo o espaço referente ao cemitério se manteve intacto durante a pesquisa. As técnicas usadas não são invasivas, ou seja, elas preservam todo o espaço estudado e não causam nenhum dano ao meio ambiente”, explicou.

O professor Leandro Surya da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) explica que os levantamentos permitirão obter informações mais concretas acerca da Batalha do Jenipapo: “Poderemos, por exemplo, descobrir se existem enterramentos neste local; se existem metais no subsolo, como balas de canhões, etc. Tudo isso poderá enriquecer ainda mais a história deste local de grande importância, não somente para Campo Maior, mas para todo o Brasil”, falou.

Para o secretário de Cultura de Campo Maior, Luís Lima, as atividades dos pesquisadores irão contribuir significativamente com a história do nosso município: “Tudo o que se tem a respeito da Batalha do Jenipapo já é muito enriquecedor e motivo de orgulho para todos os campomaiorenses. Incrementar informações mais assertivas e mapear novos fatos representam um avanço na preservação do nosso patrimônio histórico e cultural”, falou.