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Feminicídio familiar, machismo e a omissão de gestores diante de políticas contra a violência à mulher são debatidos na Alepi

A proposta de audiência é da presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher, deputada Elisângela Moura (PCdoB), e a deputada Gracinha Mão Santa (Progressistas)

Por: Redação Fonte: cidadeverde.com
30/05/2025 às 12h24 Atualizada em 30/05/2025 às 12h32
Feminicídio familiar, machismo e a omissão de gestores diante de políticas contra a violência à mulher são debatidos na Alepi

Mais de 70% dos municípios do Piauí não têm políticas públicas para a violência, as mulheres e a maioria das vítimas que morrem não procuraram ajuda. Os dados preocupantes foram divulgados na audiência pública na Alepi, realizada na manhã de hoje para debater o feminicídio no Piauí, suas causas, impactos sociais, e propostas de enfrentamento. 

A proposta de audiência é da presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher, deputada Elisângela Moura (PCdoB), e a deputada Gracinha Mão Santa (Progressistas).

No Piauí, aumentou em 50% os casos de feminicídio em 10 anos e 71% das vítimas são mulheres negras. 

A secretaria estadual das Mulheres, Zenaide Lustosa, destacou o feminicídio familiar em que o marido mata a mulher, os filhos, parentes e cobrou políticas públicas dos municípios.

“70% dos municípios não tem política pública para combater a violência as mulheres. Municípios pequenos tem investido mais que cidades grandes.Parnaiba, Floriano, Picos e Campo Maior tem pouco implementado políticas para as mulheres”, disse  Zenaide. 

A juíza Junia Feitosa, do Centro da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar do Tribunal de Justiça, ressaltou as ações do tribunal como aumentar o número de juízes auxiliares para a vara da mulher que tramita mais de 13 mil processos. A magistrada ressaltou a inteligência artificial que já concedeu medidas protetivas em 17 minutos. 

Delegada aposentada Vilma Alves, ressaltou o machismo que leva a morte de muitas mulheres e defendeu agilidade nos julgamentos do TJ e acolhimento às vítimas de violência. Ela criticou a ausência de parlamentares na audiência. 

As deputadas Gracinha e Elisangela Moura ressaltaram a importância da educação e de políticas públicas para combater o feminicídio.

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