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Final de semana violento na Santa Maria da Codipi deixa dois mortos e um ferido

Os dois estavam andando juntos pela rua quando foram alvo de disparos de arma de fogo

Por: Redação Fonte: Cidade Verde
17/03/2025 às 12h23
Final de semana violento na Santa Maria da Codipi deixa dois mortos e um ferido

O final de semana foi violento na região da Santa Maria da Codipi, na zona norte de Teresina. Foram registradas duas mortes, uma terceira vítima foi ferida a tiros e está internada no Hospital de Urgência de Teresina (HUT). O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) está investigando se os dois casos tem relação.

"Sempre que há crimes em uma mesma região em horário próximos, nós tentamos buscar uma ligação ou mesmo descartar a relação entre eles. Não descartamos que haja ligação entre os dois fatos. Com as oitivas e as diligências que estão sendo realizada hoje vamos conseguir perceber se há relação ou não entre os dois fatos", disse o delegado Robert Lavour, do DHPP que investiga uma das mortes.

O primeiro ataque aconteceu por volta das 15h, na Rua Rondina, no Conjunto Firmino Filho no domingo (16). As vítimas foram Igor da Costa Vieira, 26 anos, e Jardelson Oliveira da Cunha, 23 anos. Os dois estavam andando juntos pela rua quando foram alvo de disparos de arma de fogo.

Igor foi ferido na cabeça e chegou a ser socorrido, mas morreu no Hospital Mariano Gayoso Castelo Branco, na Santa Maria da Codipi. Jardelson foi levado para o mesmo hospital com ferimentos a bala na região do tórax. Ele foi socorrido e transferido para o HUT, onde segue internado sem risco de morte.

Ambos já são conhecidos pelas polícias militar e civil por envolvimento com o tráfico de drogas. Jardelson já chegou a ser preso em operações policiais.

"Jardelson já foi preso no ano passado por atuação no tráfico de drogas, Igor é usuário de entorpecentes. O local onde aconteceu o ataque fica próximo a uma casa utilizada como ponto de venda de entorpecente. Como as vítimas foram socorridas com vida, não tivemos atuação no local do crime. Hoje vamos ao local e tentar ouvir as testemunhas do crime e buscar imagens de câmeras de segurança", disse.

Jardelson será ouvido hoje no HUT, a expectativa do delegado é que ele possa esclarecer as circunstâncias em que ocorreu o crime.

A outra morte foi registrada no início da noite de ontem (16). Desta vez o alvo foi o líder comunitário conhecido como Valmir Cerqueira da Silva, 43 anos, conhecido como Puff. Ele foi executado a tiros em um bar no Residencial Dilma Rousseff.

Segundo o delegado Bruno Ursulino, que investiga a morte, Valmir estava na companhia da esposa e dos filhos quando foi surpreendido por homens que chegaram ao local em motocicletas e armados. Ele foi atingido por pelo menos cinco disparos de arma de fogo. O DHPP aguarda o laudo da perícia para confirmar a quantidades de tiros no corpo da vítima.

"Ele estava em um estabelecimento comercial aproveitamento um momento de lazer em família quando surpreendido por indivíduos que chegaram em motocicletas. No corpo dele constam pelo menos cinco perfurações. Sabemos que ele já teve passagem por tráfico de drogas. Antes de ser líder comunitário ele teve esse passado com envolvimento com o tráfico de drogas, e às vezes esse passado volta para buscar a pessoa. A investigação vai apontar se atualmente ele exercia apenas essa conduta lícita, de ser líder comunitário, ou se junto a isso ele ainda estava próximo ao mundo criminoso. Ele já respondeu por tráfico de drogas. Já teve preso, já fez uso de tornozeleira eletrônica durante um período, mas ultimamente ele tava sem nenhuma dívida com a justiça", disse o delegado Bruno Ursulino.

Valmir já tem passagens pela polícia por crimes relacionados ao tráfico de drogas. Ele foi preso em fevereiro de 2023 suspeito de integrar um grupo que realizava sessões de torturas na zona Norte de Teresina. À época o grupo havia torturado quatro rapazes suspeitos de furtar um aparelho de ar condicionado de uma igreja evangélica da região. As vítimas teriam sido capturadas e levadas para um matagal, onde foram espancadas e tiveram que fazer julgamento de lealdade a uma facção criminosa. Valmir e os demais suspeitos teriam utilizado pedaços de madeira para bater nos suspeitos.

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